Gerações anteriores mantinham o hábito doméstico e pouco escolado de misturar açúcar, limão e até leite ao abacate, deduzindo cremas apetitosas mas não exatamente atinentes à nobreza nutritiva do fruto.
Conhecido pelos espanhóis na América Central a partir do cultivo dos astecas, o abacate ganhou o mundo graças a sua versatilidade, neutralidade capaz de compor junto a muitos aromas e substanciosa composição.
Carotenoides e moléculas adiposas (diverso à cenoura, o abacate tem os dois componentes) operam em simbiose a fim de, entre outras coisas, transportar e fixar a assim chamada vitamina A, importantíssima para o bom funcionamento e para a longevidade celular.
Não comi abacate na infância. No início da vida adulta, também negligenciei a salutar amizade do bago americano. Foi necessário intervenção de companheiras de juventudes, provavelmente melhor informadas sobre dietas e charmes alimentares, para que eu integrasse o abacate ao cotidiano.
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Experimentei-o de diversas formas. Em especial, qual confortável veículo para o mel das abelhas. Creio ter apenas hoje cedo, entretanto, chegado a uma fórmula acurada de ingestão.
Jeito certo de comer abacate
– Destroçar com as mãos um quarto de abacate grande ou meio abacate pequeno numa cumbuca
– Sobre ele deitar colher grande de cúrcuma, em pó ou in natura
– Sobre a cúrcuma picar dois damascos secos
– Deitar mancheia de uvas passadas
– Deitar mancheia de amendoim (sem sal e com pele, se possível aberto no ato)
– Finalizar deitando colher grande de linhaça dourada
Bom apetite.
* DICA: Reservada e seca, a cabaça do abacate torna-se belo e delicado utensílio.